sexta-feira, 5 de março de 2010

exi Avatar naum eh ruim, eh baum!

Esdrúxula juventude "miguxês" da iletrada massa de analfabetos culturais do Brasil, me perdoem. Não estou aqui para falar mal de Avatar, um filme totalmente previsível, repleto de velhos clichês, que vai cansar os olhos dos nossos filhos devido à quantidade de vezes que vai passar na sessão da tarde. Para o "imenso repertório" que vocês têm, até que tá bom. Mas apesar de tudo isso, o filme é assistível. Não tem nada de novo, como os fãs de Transformers defendem com unhas, dentes e 2 neurônios. É melhor que Harry Potter, pelo menos.

Quero falar mesmo é sobre FILME, com letras maiúsculas. Na ocasião, sobre a obra-prima de Tarantino, Bastardos Inglórios. Se quiserem ler críticas sobre o filme, a internet tá cheia, pesquisem. Se ainda não viram, mas consideram o melhor filme de suas vidas uma comédia romântica, não assistam. Enfim, não quero discorrer sobre esta espetacular produção cinematográfica que passa muito longe dos smurfs pós-modernos que tomaram a mídia, essa manipuladora dos fracos e oprimidos sociais. Quero falar sobre os comentários de internautas sobre o trhiller, em diversas páginas na internet.

Realmente, Tarantino é polêmico. Ame-o ou deixe-o. E ele sabe disso. Ele sabe que faz roteiros para um público seleto, que aprecia coisas boas da vida. Por isso os diálogos de Bastardos serem 90% em francês e alemão, forçando a utilização, nos EUA, do que os americanos abominam: a legenda. Nós aqui no Brasil estamos acostumados, por isso mesmo poucas pessoas conseguem perceber as nuances sonoplásticas do filme. As falas, as trilhas, os ruídos... tudo tem um sentido, uma perspicácia, uma segunda intenção que surpreende. E olha que estou falando apenas sobre o som! Tarantino consegue extrair dos atores o que poucos diretores são capazes. As atuações são absurdamente memoráveis. Tanto que o estreante Christoph Waltz já tem praticamente garantida uma estatueta de melhor ator coadjuvante. Em seu primeiro trabalho no cinema! Quem vocês conhecem que atingiram esse feito? O que dizer então do personagem Aldo, de Brad Pitt, uma verdadeira piada sobre o perfil do povo americano em meados do século (e por que não até hoje?). Tudo é muito bem estudado, elaborado, espremido e perfeitamente nos servido. A fotografia, as sátiras, os recortes, os estereótipos. Um filme que é suspense, comédia, drama, guerra... uma obra-prima, definitivamente.

Mas navegando na rede, é comum comentários como "esse filme é um lixo", "não entendo Tarantino", "prefiro Lua Nova"... Lendo esse tipo de opinião superficial, lembrei-me de uma capa da revista Super Interessante que, na ocasião, me despertou bastante interesse. Em letras garrafais, sobre aquele fundo vermelho sangue peculiar ao periódico, dizia: "Milhões de Anos de evolução para o homem aprender a Dança da Garrafa". Preciso dizer mais alguma coisa? Basta ver a quantidade de pessoas que telefonam todos os dias praquele zoológico humano que chamam Big Brother. Basta ver como Paulo Coelho vende, quantos discos de ouro É o Tchan ganhou. Basta ver a qualidade dos políticos que estão no poder! Preciso de mais provas para deixar evidente o nível de intelectualidade, discernimento e bom gosto da nossa população? Por que na internet seria diferente? Maldita inclusão digital! Voz para o rebanho ignorante. E por falar em rebanho, uma boa fatia de maminha mal passada vale mais que vocês. Abaixo, uma super receita, deliciosa e simples, para comer antes de assistir um bom filme do Tarantino.

  • 1 peça de maminha de 1,5 kg aproximadamente
  • 4 cebolas grandes fatiadas
  • 2 cubos de caldo de carne
  • 1 xícara de chá de água
  1. Coloque metade das cebolas no fundo de uma panela de pressão
  2. Espalhe os cubos de caldo de carne esfarelados sobre elas
  3. Coloque a peça de carne e cubra com o restante da cebola
  4. Adicione a água
  5. Tampe a panela e leve ao forno alto até pegar pressão
  6. Abaixe o fogo e cozinhe por 20 minutos
  7. Abra a panela e verifique se a carne está macia
  8. Se necessitar de mais cozimento, veja se é preciso acrescentar mais água quente
  9. Sirva a maminha fatiada com o molho que se forma durante o cozimento
  10. Dica: Se o molho ficar muito ralo, retire a carne e deixe a panela destampada no fogo forte para o molho apurar